Sábado cedo: parada na banca do
batateiro para olhar suas bochechas vermelhas e um pedido: 2 kg de batata boa
para inhoque, bem sequinha.
Domingo cedo: Num canto da mesa a
bacia com batata cozida amassada, farinha de trigo, sal, um pouquinho de
manteiga e gema de ovo. No centro a cobrinha de massa que vai se transformando
em inhoquinhos cortados com uma faca cujas costas, logo depois, os empurra para
o outro canto da mesa, coberto com uma fina camadinha de farinha para que terminem
de secar. As pontinhas das pecinhas de massa desapareciam e os inhoques ficavam
retangulares, mas com as pontas redondinhas.
Segunda, terça, quarta, quinta,
sexta, sábado e domingo: Saudade dos dias de chuva na rua Padre Adelino,
agachado na porta da venda do meu Avô, fazendo, empurrando e vendo seguirem
pelo meu mar de menino barquinhos de papel, enquanto minha Avó na cozinha
modelava do jeito acima os inhoques, e o molho de tomates borbulhava na
espiriteira para ser testado solenemente pelo meu Avô quando devorava um pedaço
de pão do Carillo nele mergulhado.
Onde terão ido parar os meus barquinhos?
Receita:
1 kg de batata asterix cozida e amassada
100 g de farinha de trigo (aproximadamente)
1 colher (rasa) de sopa de manteira
1 ovo (uso somente a gema)
sal a gosto
Processo: a batata deve ser amassada quente, mas utilizada somente depois de fria. A massa, com essa proporção de 10 para 1 (batata = farinha), fica bem úmida e, por isso, é necessário acrescentar mais farinha (a olho) no momento e para viabilizar a modelagem.
Receita:
1 kg de batata asterix cozida e amassada
100 g de farinha de trigo (aproximadamente)
1 colher (rasa) de sopa de manteira
1 ovo (uso somente a gema)
sal a gosto
Processo: a batata deve ser amassada quente, mas utilizada somente depois de fria. A massa, com essa proporção de 10 para 1 (batata = farinha), fica bem úmida e, por isso, é necessário acrescentar mais farinha (a olho) no momento e para viabilizar a modelagem.